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22 de março de 2020

Desportiva x Goiás

A equipe goiana é sem dúvidas a mais odiada depois do Rio Branco nosso maior rival, isso vem de 1994 quando as equipes se enfrentaram na semi final da Série B do Campeonato Brasileiro, Welder um dos melhores atacantes da história do clube grená comentou sobre o momento.  

"Na verdade foram momentos distintos. A ascensão do nosso time no campeonato foi para mim de grande emoção, pois em um campeonato tão difícil como a série B. Chegamos a semi final sem nenhuma dúvida do nosso potencial e tenho certeza que se nos deixasse-nos ir a final seriamos campeões...Mas a covardia que fizeram conosco sem sombra de dúvidas foi minha maior decepção em toda minha carreira. Naquele jogo mudaram o destino de vida profissional de todos nós jogadores. Mudaram a história do futebol capixaba, dos torcedores capixabas. Edmundo Lima Filho, não esqueço o nome nem a fisionomia do árbitro do jogo. Consegui dizer umas verdades pra ele pessoalmente em Portugal quando encontrei ele após uma final de Beach Soccer que ele apitou em Figueira da Foz. Mas ele não foi o único culpado, nossa Federação foi omissa diante da situação, por isso o futebol capixaba está  como está. A sensação de impotência dentro de campo perante a situação e o árbitro foi imensa e no vestiário fui tomado por um sentimento que até hoje não consigo descrever e que até hoje sinto nojo de falar da situação".
Como pode se notar o motivo de ódio é válido, inclusive de quem vos escreve neste humilde blog.


Sobre os confrontos, as equipes se enfrentaram em 06 oportunidades, 01 vitória da Desportiva, 02 do Goiás e 03 empates, 03 gols marcados, 05 sofridos, nem precisa falar do equilíbrio.   


  


Em 1973 dois confrontos pelo Campeonato Brasileiro Série A, em 10 de outubro no Estádio Engenheiro Araripe, as equipes não saíram do 0x0 em partida equilibrada e truncada.

 No mesmo Brasileiro novo confronto no Araripe em 17 de novembro, e outra vez não teve vencedor, 




Em 29 de março de 1978 o 3º confronto entre as equipes no Brasileiro e o 3º sem gols, mas desta vez a arbitragem foi uma espécie de 12º jogados do Goias, ele só coibiu o time capixaba, Dario nosso atacante cançado de apanhar revidou e ele quem acabou sendo expulso, do lado adversário nenhum amarelinho.  





Em 07 de fevereiro de 1981 nova partida aconteceu pela Série A do Campeonato Brasileiro em Goiânia, na disputa no Serra Dourada deu os donos da casa vencendo por 2x0. Enfim alguém balançou as redes após 4 partidas e mais de 360 minutos sem gols.  

Em 1994 os confrontos mais importantes aconteceram na semi final do Brasileiro da 2ª divisão, as duas equipes chegavam com 9 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, ambas não perdiam desde a 1ª fase, o Goiás jogaria por 2 resultados iguais e em casa na volta devido saldo a maior.  

A PARTIDA DE IDA

DESPORTIVA 2X0 Goiás
No dia 13 de novembro Estádio Engenheiro Alencar de Araripe, lotado, abarrotado de torcedores o que se viu foi um massacre grená dentro de campo, a Desportiva dominava e acuava o time adversário, criava jogadas, marcava e abafava praticamente tudo que poderia criar risco a nossa defesa. Mas o gol saiu apenas na 2ª etapa de pênalti, após Jeancarlos ser derrubado na área Welder bateu e marcou 1x0 Tiva. A Desportiva seguiu na pressão, mas perdia muitos gols, o 2º gol foi marcado por Mário Matador aos 33 do 2º tempo e amenizou um pouco o tanto de chances criadas, o 2x0 era muito bom em relação a confronto direto no mata mata, mas devido as chances criadas além do adversário terminar com 2 a menos o placar era ruim, mas estávamos a um passo do paraíso, podendo perder por até 1x0 na partida de volta em Goiânia.


A PARTIDA DE VOLTA
Goiás 2x0 DESPORTIVA
Dia 20 de novembro Estádio Serra Dourada, na semana que antecedeu esta partida começam a ocorrer fatos estranhos em relação esta partida decisiva para nossa locomotiva, João Linhares então vice presidente da Tiva em entrevista diz que um conselheiro da Tiva recebeu uma ligação de um dos chefes da máfia da loteria, dizendo que em troca de uma quantia em dinheiro garantiria a vaga da Desportiva na 1ª divisão, os dirigentes grenás não aceitaram participar desta desonestidade, foram para a partida de volta sem se corromper mantendo a hombridade de uma equipe que não se vendeu para a máfia da loteria (durante anos era normal equipes, jogadores e dirigentes se venderem por dinheiro e manipular resultados). O que incomodou bastante  também foi Marcus Vicente presidente da Federação Futebol do Espírito Santo(FES) não ficar ao lado da delegação capixaba nesta partida, ficou do lado rival, ao lado de Maguito Vilela ex-governador e ex-presidente da Federação de Goiás, e nem ao menos cumprimentou os grenás antes da partida. Outra coisa também foram as ligações para o hotel da Desportiva com várias ameaças, mas esta parte das ameaças são coisas do futebol, o suborno do árbitro que foi vergonhoso.
Na partida o time goiano abriu o placar ainda no 1º tempo, este placar ainda dava a vaga a Desportiva, que mesmo com um gol antes dos 20 minutos o time não se apavorou e controlava bem a partida, o Goiás não conseguiu em momento algum sufocar a nossa equipe. Na segunda etapa Romeu foi expulso aos 20 minutos de jogo depois de entrada desleal em Welder, a Tiva com um a mais parecia ainda mais próxima da vaga na série A, eis que por volta dos 30 minutos Edmundo Lima Filho marcou um pênalti no mínimo duvidoso, a jogada se desenrolou quando o goleiro goiano rifou a bola pra frente na disputa de bola Arildo Peçanha sofreu a falta na disputa de cabeça porém Edmundo nada marcou e deixou a jogada seguir, Dill saiu cara a cara com Dirley, o zagueiro Rocha chegou junto disputando a jogada porém Dill foi mais rápido que ambos e tocou por cima de Dirley trombando os 3 uma jogada totalmente normal, Silvério tirava a bola a menos de 1 metro da linha do gol quando se ouve um apito...era o árbitro marcando pênalti, e já saiu gritando com os jogadores grenás "Está marcado, já eras se vier reclamar boto na rua." Esta não foi a única ação ríspida de Edmundo nesta partida, a todo momento ele tentava intimidar os grenás quando marcava faltas contra a Tiva ameaçava expulsar por qualquer reclamação, Silvério afirma com todas as letras que ele estava mal intencionado desde o início da partida! Baltazar marcou o 2x0 no placar, a Desportiva ainda se lançou em busca do gol que daria novamente a vaga na elite porém não conseguiu e ainda viu a partida ser encerrada aos 44 minutos de jogo, um segundo tempo em que houve expulsão, pênalti e além de não dar nada de acréscimos encerrou 1 minuto antes do tempo regulamentar. Acabava ali o sonho de voltar a 1ª divisão, e dali em diante o futebol capixaba entrou em coma justamente no mesmo período de presidência de Marcus Vicente, não é mera coincidência esses fracassos acumulados de 1994 até os dias atuais.





Em 07 outubro 1999 o último confronto, na época a Desportiva passava por sua maior crise, dentro e fora de campo, vinha com apenas 1 vitória nos 15 jogos disputados na Série B daquele Brasileiro, mesmo assim não perdeu para o rival que foi o campeão daquela edição terminando em 1x1 no Araripe.






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